As cores são mais do que simples elementos visuais. Elas têm o poder de provocar emoções e criar uma conexão imediata com quem observa. Em minha jornada fotográfica, busquei usar as cores para contar histórias do nosso cotidiano. Seja na intensidade vibrante de um pôr do sol ou na suavidade de um momento cotidiano, as cores têm um papel fundamental em definir o tom da cena.
Ao usar cores fortes e contrastantes, como o vermelho ou o azul, consigo atrair a atenção do espectador, guiando seus olhos por toda a imagem. No entanto, o uso sutil de tons mais neutros, como os pastéis ou cinzas, pode ajudar a criar um equilíbrio visual, dando mais profundidade e significado às cenas. Cores quentes, como o amarelo e laranja, muitas vezes simbolizam a energia e vitalidade da vida, enquanto os tons mais frios, como o verde ou o azul, trazem uma sensação de calma e reflexão.
Além disso, o movimento é outro fator essencial que ajuda a conectar o espectador com a imagem. Ele traduz a fluidez da vida cotidiana e as transformações que ocorrem ao nosso redor. Ao capturar momentos de movimento, como o passar de uma sombra ou a agitação de um objeto, conseguimos transmitir o ritmo da vida. Essas imagens não são apenas estáticas, mas oferecem uma sensação de dinâmica, de fluxo, que traduzem a ideia de que o tempo é algo constante e inescapável.
No meu trabalho, o movimento não precisa ser sempre algo grandioso ou óbvio. Pode ser um pequeno detalhe, como o vento que mexe as folhas de uma árvore ou a suavidade de uma figura humana atravessando a rua. Esse movimento sutil, muitas vezes imperceptível, é o que confere à fotografia uma sensação de vida. É o detalhe que transforma uma simples foto em uma experiência visual única.
Porém, o mais interessante de capturar a cor e o movimento ao mesmo tempo é que ambas trabalham em conjunto para contar uma história ainda mais rica. A cor amplifica o impacto emocional de uma cena, enquanto o movimento traz um senso de ação, fazendo com que o espectador sinta que está imerso naquele momento. Cada fotografia, portanto, se torna um convite à reflexão, à percepção do que está acontecendo ao redor, nas entrelinhas de nosso dia a dia.
Essa junção de cor e movimento permite que se crie uma narrativa visual que não só captura momentos, mas também transmite sentimentos e reflexões profundas sobre o mundo em que vivemos. Quando olhamos para uma imagem que explora esses dois elementos, somos convidados a fazer uma pausa e a refletir sobre o ritmo das nossas próprias vidas, sobre os pequenos gestos que muitas vezes passam despercebidos, mas que são essenciais para nossa percepção do cotidiano.
Cada cena, cada momento, é uma oportunidade para capturar uma verdade maior sobre nossa existência. E, ao incorporar a cor e o movimento, consigo transformar cada imagem em uma obra que não apenas representa a realidade, mas também revela suas camadas mais profundas, convidando o espectador a se perder dentro de seu próprio olhar.